segunda-feira, 10 de novembro de 2014

VIOLEIRO CHICO LOBO


Festa do Divino 
São João del Rei-MG
Óleo sob Tela

                Violeiro, compositor, diretor musical, apresentador de TV e rádio, Chico Lobo é natural de São João el Rei, toca viola caipira desde os 14 anos. A crítica o considera um dos mais ativos e efetivos violeiros no processo de popularização da tradição musical do cenário brasileiro. É um artista consciente do seu importante papel no universo da viola caipira. Desse modo inspirou e apadrinha duas escolas de viola em Santana dos Montes. Além de dominar o palco com viola na mão, presença e comunicação ímpares. Canta as folias, os congados, os catiras, as modas, suas raízes de modo muito envolvente. É (sobretudo), um apaixonado pela cultura de sua terra. Foi nomeado Embaixador do Divino Espírito Santo (Festa folclórica de S.J.Del Rei) e Guarda Coroa de Sto. Antônio (Congado/MG). Profissional inquieto, Chico Lobo já lançou vários CDs (12 até Dez2010 e lançará em 2011 mais dois inéditos). O de estréia, “No Braço Dessa Viola”, foi finalista ao Prêmio Sharp 96. Destaca-se ainda a participação de Chico Lobo no CD “Cantoria Brasileira” - que marcou a comemoração dos 25 anos da gravadora Kuarup –, indicado ao Grammy Latino. Seu 1º DVD, “Viola Popular Brasileira”, é pioneiro no gênero artístico da viola no Brasil. Lançou em 2007 o 1º registro internacional do encontro da viola mãe com a viola filha, em uma produção Brasil/Portugal. País onde tem se apresentado há Seis anos consecutivos. Sua carreira já o levou igualmente, a inúmeros palcos do Brasil e do mundo como Chile, Itália, Canadá, China ano passado quando representou o país na ExpoShanghai  com 11 apresentações, com convite de retorno para 2011. Sempre atento em descobrir novos valores e contribuir na divulgação de novos artistas, Chico Lobo idealizou e apresenta desde 2003 pela TV Horizonte (Rede Catedral), o Programa de TV “Viola Brasil”. Manteve coluna fixa na Revista Viola Caipira. E apresenta o programa “O Canto da Viola” pela Rádio Inconfidência AM880 (sáb. Às 13h) e FM100,9 (dom. às 7h) que pode ser acessada e seu programa escutado em qualquer lugar no mundo (nos horários de Brasília correspondentes...), através do link: www.inconfidencia.com.br . Suas músicas têm sido utilizadas em diversos programas de TV e novelas como “América” da Rede Globo e “Bicho do Mato” da Record. Chico Lobo é considerado um violeiro de estirpe, mestre das notas choradas e um compositor que cria obras que destroem qualquer preconceito 
  • musical. Em 2007/2009/2010 foi o Diretor Musical dos espetáculos multiculturais, “O Homem que À Terra Canta” e “Festejos da Terra”, apresentado em diversas cidades de Portugal, que reuniu também artistas da Espanha, Cabo Verde e Brasil. Em 2010 foi anfitrião do Festival VoaViola e do Prêmio Rozini da Excelência da Viola Caipira do qual também foi contemplado (diretamente) na categoria "homenageado". E (indiretamente), na categoria "Programa de TV" através de sua produtora Ângela Lopes. E, na categoria: "Eventos de Viola" com o CarnaViola representado pelo produtor parceiro Tadeu Martins. 
Chico Lobo é um dos grandes expoentes do Brasil!
.crédito desse texto : https://www.facebook.com/chico.lobo.14/about?section=bio

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

TREM PASSANDO PONTILHÃO DO RIO ELVAS


MARIA FUMAÇA
(sob pontilhão do Rio Elvas - São João del Rei-MG)
Óleo sob tela sob MDF

                        "Em 2001, a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) assumiu a operação e administração do complexo ferroviário de São João Del Rei. Desde então, a empresa coloca em prática um programa de recuperação e restauração das características originais da Maria Fumaça (vagões, estrada de ferro e estações) que, além de preservar a história ferroviária do Brasil, proporciona maior conforto e segurança aos turistas. Hoje, ocupando uma área de 35.000 m², encontra-se o maior centro de preservação da memória histórica ferroviária nacional e um dos mais importantes do mundo.
Inaugurada em 1881 por D. Pedro II, a Maria Fumaça é a única locomotiva a vapor que transporta passageiros, com bitola de 76 cm, ainda em atividade no mundo.
                      O passeio de Maria Fumaça é realizado na antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM), com extensão de 12 km entre São João Del Rei e Tiradentes. A viagem resgata o contexto histórico, ligando as estações construídas no século XIX, passando por fazendas centenárias, entre rios e montanhas.
                 Os antigos prédios que serviam de almoxarifado e de armazém ferroviário foram totalmente restaurados e preparados para a instalação de um centro de artesanato, auditório e centro de convenções – uma  infra-estrutura, portanto, em condições de oferecer ao visitante e ao turista completo apoio e comodidade"(Texto introdutório do site oficial da FCA).

crédito deste texto (http://saojoaodel-rei.blogspot.com.br/2008/10/turismo-maria-fumaa.html)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Monsenhor Paiva (Padre Paiva)

O Iluminado
óleo sob tela colado em MDF
Monsenhor Paiva.(Padre paiva) Inauguração Capela Divino Espirito Santo "São João del-Rei" (Pintura feita baseado em uma fotografia do amigo (Silvério Parada).

Padre Paiva
Aluízio José Viegas   -   músico e pesquisador

Falar ou escrever um artigo sobre Monsenhor Paiva é ao mesmo tempo muito fácil e muito difícil. Fácil porque suas qualidades são tão transparentes que não há quem não as conheça; difícil porque Monsenhor Paiva é totalmente contrário a ser alvo de homenagens e que seus trabalhos na Messe do Senhor sejam divulgados como elevação de sua pessoa. Entretanto, achamos que tal personalidade, que se agiganta como um dos grandes párocos do Pilar, não pode e nem deve ficar sem que toda a comunidade são-joanense conheça suas qualidades e virtudes.
Vamos, pois, tentar traçar e condensar em um pequeno artigo o que Monsenhor Paiva representa para a Igreja na Diocese e na cidade de São João del-Rei.
Nasceu em São João del-Rei, no Bairro do Tijuco, aos 28 de janeiro de 1928, filho de José Leopoldino de Paiva de D. Idalina Maria do Carmo. Foi batizado no dia 1º de abril do mesmo ano, pelo Rev.mo. Padre Jerônimo Mazzarotto (falecido com mais de 100 anos de idade como bispo emérito em Santa Catarina) e foram seus padrinhos João Silva e D. Messias Carlota da Silva. Lavrou o registro de Batismo o então Vigário Padre José Maria Fernandes. Monsenhor Paiva é o sexto filho de uma grande família de oito irmãos.
Seus pais, católicos de boa cepa, praticantes e exemplares, souberam incutir-lhe um grande amor à fé cristã, ensinando-lhe todos os valores morais e religiosos. Esta foi sua primeira escola e o início de sua vocação religiosa.
Fez seus estudos primários no Grupo Escolar João dos Santos, de 1936 a 1939, onde foi aluno de importantes professoras como D. Margarida D’Angelo, iniciando-o nos estudos humanísticos. D. Margarida, ainda viva com 99 anos de idade, sempre fala com justo orgulho de seus alunos e ressalta a figura de Monsenhor Paiva como um dos seus estudantes dedicados e aplicados.
Ingressou, menino e como aspirante, na Conferência Vicentina. O fez a convite do Sr. Joaquim Ferreira da Silva, que organizava um grupo de meninos para lhes incutir, através dos ensinamentos de Frederico Ozanam, a prática da verdadeira caridade. Muito contribuiu nessa formação o Confrade Vicentino Paulo Mourão de Araújo não só pelos ensinamentos, mas sobretudo, pelos exemplos pessoais de verdadeiro cristão.
Terminado o primário, em 1940 foi encaminhado, para continuidade de estudos, aos Padres Salesianos, ingressando no Aspirantado de São João Bosco. Logo a seguir, sentindo aflorar no espírito a verdadeira vontade de se tornar padre, ingressou no Seminário Menor de Mariana, em 1941. Ali teve uma educação esmerada através de notáveis mestres tanto nos estudos humanísticos como nos estudos religiosos. Foi preponderante a lhe moldar o espírito a figura ímpar de Dom José Lázaro das Neves (posteriormente Bispo de Assis), de quem nosso biografado se recorda com saudade e fala do quanto lhe deve na sua formação sacerdotal. Foram também seus professores nos Seminários Menor e Maior: Dom Oscar de Oliveira, Padre Ely Carneiro, Padre Antônio, Padre Pedro Sarnel e Padre Laje.
Monsenhor Paiva demonstrou, em todo o seu tempo de estudos em Mariana, uma grande dedicação aos estudos, aplicação e, mais que tudo, uma vontade férrea e inabalável de trabalhar na Messe como Pastor de Almas.  Em 1949, 1951, 1952 e 1953, respectivamente, recebeu as Ordens Menores de Tonsura, Ostiariato e Leitorato, Exorcistato e Acolitato, Subdiaconato e Diaconato
Em 1953 concluiu seus estudos e, a 30 de novembro desse ano, foi ordenado presbítero, recebendo na Matriz de Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena, das mãos de D. Carlo Chiarlo, Núncio Apostólico, as unções sagradas que o transformaram num sacerdote. Em 1º de dezembro de 1953, recebeu Provisão de Uso de Ordens, celebrando sua primeira missa solene no dia 8 de dezembro de 1953, solenidade da Imaculada Conceição de Maria Santíssima, na então Matriz de Nossa Senhora do Pilar, sendo pregador o Rev.mo. Monsenhor Dr. Francisco Tortoriello. À noite, no Te Deum laudamus, usou a tribuna sacra o Pároco do Pilar, Padre Almir de Rezende Aquino.
Por determinação arquidiocesana, passou a prestar serviços na Paróquia de Nossa Senhora do Pilar e, a 2 de março de 1955, foi provido no cargo de Vigário Cooperador, exercido com grande dedicação até 16 de janeiro de 1967, quando foi provisionado Pároco da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, cargo que exerce até o presente e no qual sempre demonstrou um grande zelo em tudo o que se propõe a fazer tanto no plano material quanto espiritual, especialmente com integral dedicação à Catequese de seus paroquianos.
No início de suas atividades na Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, participou das comissões organizadoras da Coroação Pontifícia da imagem da padroeira de São João del-Rei, Nossa Senhora do Pilar, que culminou com grandes solenidades no dia 12 de outubro de 1954 para justo orgulho e alegria de todos os são-joanenses. Sempre coeso e obediente às ordens superiores, trabalhou em todas as comissões paroquiais e grandes trabalhos sempre foram realizados pela Paróquia, deles sempre participando, adquirindo sólida formação e prática administrativa paroquial. Participou ativamente da criação e fundação das Obras Sociais da Paróquia de N. S. do Pilar – OSP -, com a elaboração do Estatuto e início das atividades concretas em 1959. A Diretoria das Obras Sociais, tendo à frente o Pároco e o Vigário Cooperador, iniciou um grande trabalho social visando, sobretudo a promoção humana com dignidade, com assistência material e espiritual permanentes, através da Escola Doméstica, dos Centros Catequéticos, Clube de Mães, etc.
Com a criação da Diocese de São João del-Rei e sua instalação em dezembro de 1960, recebeu o título de Cônego Catedrático a 27 de julho de 1961. Na Cúria Diocesana, prestou relevantes serviços e, no impedimento dos titulares dos mais cargos, era sempre indicado para substituí-los pela sua eficiência e dedicação em servir. Exerceu, ao longo desses 38 anos de existência da Diocese, todos os cargos, sendo o atual Ecônomo, desde 1984.
Reconhecendo no Cônego Sebastião Raimundo de Paiva as melhores qualidades que se podem exigir de um sacerdote, como zelo, piedade, dedicação e, mais que tudo, total entrega ao sacerdócio, recebeu do Papa Paulo VI, em 15 de maio de 1971, o honroso título de Monsenhor, título esse que lhe dá uma série de privilégios e regalias das quais, por extrema humildade, ele nunca quis utilizar e gozar.
Como Pároco, iniciou uma série de obras, construindo 4 Centros Catequéticos: Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora Auxiliadora e Senhor Bom Jesus dos Montes. Nesses centros, com o apoio de catequistas, reorganizou toda a Catequese Paroquial usando sempre de todos os recursos para dotá-los do que há de melhor para que o ensino e a prática religiosa se desenvolvam com toda a seriedade que o assunto merece.
Um aspecto que ressalta a personalidade de Monsenhor Paiva é a sua dedicação à Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar e as mais igrejas sob a sua jurisdição paroquial. A conservação desses monumentos religiosos, que a fé do povo são-joanense levantou para louvar a Deus, encontra em Monsenhor Paiva um lutador sempre disposto a tudo para o enriquecimento do patrimônio artístico e cultural de nossas igrejas e a preservação de nossas mais caras tradições através das aquisições de ricas alfaias e mobiliários, vasos sagrados, imaginária sacra, edição de livros e impressos, promoção de festas e solenidades religiosas, onde fica patente o zelo que ele tem pela Casa de Deus.  Uma frase que pode bem caracterizar esta faceta de nosso homenageado é extraída do Salmo 68: “O zelo de Sua casa me consome”.
Não param aqui as atividades de Monsenhor Paiva. Preocupado com a assistência infantil conseguiu, através de D. Risoleta Tolentino Neves, a construção de uma creche no Bairro do Senhor dos Montes, que assiste mais de 80 crianças provendo-lhes todo o necessário, especialmente o calor humano, para que seus pais possam trabalhar.
Ao longo desses 60 anos de profícuo sacerdócio, Monsenhor Paiva tem sido agraciado com medalhas e diplomas como reconhecimento público do muito que ele tem feito por São João del-Rei, sua querida terra natal.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Praça do Expedicionários

Praça dos Expedicionários
Óleo sob tela
São João del-Rei - MG

 São João del-Rei-MG. Antiga Praça dos Andradas, depois Praça da República, atualmente  Praça dos   Expedicionários. Em 1859, conforme registro de José Antônio Rodrigues, já existia esta praça.   Ao fundo a Capela da Santa Casa, prédio da Santa Casa e enfrente o colégio de Nossa senhora das dores. A pintura à cima foi baseada em fotografia de autoria  e data desconhecida, do acervo de Silvério Parada. 

                                "Texto de autoria de José Antonio de Ávila Sacramento."

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Trem das Águas Santas - Última Viagem

TREM DAS ÁGUAS SANTAS
ÚLTIMA VIAGEM
ÓLEO SOB TELA

A estação em 1956. Foto da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1957


A ESTAÇÃO: A estação de Aguas Santas foi inaugurada em 1911 como ponto terminal do ramal do mesmo nome. Em 1910, previa-se, antes de pronto, o prolongamento do ramal até a localidade de Lagoa Dourada. Não vingou. A linha funcionou até 1966, quando foi fechada, juntamente com a estação. Segundo Tarcísio José de  Souza, o prédio era uma construção de madeira, toda de pinho de Riga com armação de trilhos. "Construção magnífica, feita com gosto apurado, pintada de cinza. Ficava no pé da serra de Tiradentes. Criminosamente foi demolida e sobre seus alicerces existe hoje um lago artificial. Não cabe na cabeça de ninguém decisões como esta".

(Fontes: O Estado de S. Paulo, 27/7/1910; Paul Waters: West of Minas Narrow Gauge, 2001;IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1957; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)

terça-feira, 25 de março de 2014

IGREJA DE NOSSA SENHORA DE MONT SERRAT


Primeira fase de restauração

Antes da restauração

Depois da restauração

                            O atual templo de Nossa Senhora de Mont Serrat é uma construção dos primeiros anos da segunda metade do século XIX, com linhas arquitetônicas de inspiração neogótica. Sua inauguração foi em meados de 1857 e contou com a presença do Imperador D. Pedro II, que na ocasião esteve acompanhado pelo seu genro, o Duque de Saxe. A imagem de Nossa Senhora de Mont Serrat, em estilo barroco, chegou em Paraibuna entre 1680 e 1689. Quase em tamanho natural e pintada a ouro, pertenceu aos Leme, família paulista de origem flamenga. Em sua capela foi batizada a mãe de Duque de Caxias, Dona Mariana Cândida de Oliveira Belo. O atual templo sucedeu a outro, erguido na segunda metade do século XVIII, a mando do Guarda-Mor das Minas Pedro Dias Paes Leme que, por sua vez, substituiu o anterior, erguido pelo bandeirante paulista Garcia Rodrigues Paes nos primeiros anos daquele século. A igreja hoje está remodelada e descaracterizada, tendo, inclusive, um altar-mor ‘moderno’.

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Centro Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei - UFSJ apresenta a Exposição


















                          Composta de 14 paisagens em óleo sobre tela, pela primeira vez o artista plástico Adilson Nascimento faz um passeio através do centro histórico de São João del-Rei para nos apresentar as produções d’uma fase que se abre sob o título de “Um olhar diferente sobre São João del-Rei”. Nesta sua nova fase, as ruas, o casario, as igrejas e as antigas pontes que integram o centro histórico desta cidade ganham muitas cores e apresentam riquezas de detalhes. Sempre acostumado a retratar pessoas, Adilson Nascimento se expressa com novo estilo e sem perder a sua referência clássica. As relações entre a cidade e a produção artística encontram muitos ecos nas pinceladas deste artista que enriquece a visão de uma cidade colonial ou barroca que quer estar integrada à realidade contemporânea, sem perder a sua essência. A análise das formas destas telas pode ser reveladora da doce complexidade da nossa arquitetura antiga e se apresentar como um fio condutor para sérias reflexões acerca do tão discutido e necessário processo de preservação cultural. O que está sendo apresentado nesta mostra revela-nos a imensa riqueza arquitetônica e cultural da terra são-joanense. Pode revelar, também, que ainda há muitos tesouros inexplorados nesta cidade, e eu não me refiro àquele metal precioso que foi subtraído das nossas betas até que elas ficassem praticamente exauridas no século XVIII; há um “novo ouro” por aqui, e esta imensa riqueza se evidencia de muitas maneiras, incluindo as formas que aqui estão magistralmente reveladas pelo pintor e restaurador Adilson. Que possamos ter a felicidade de perceber e compreender que não se deve e nem pode existir descompassos entre a preservação do centro histórico e a necessidade da modernidade urbana. Que esta exposição possa ser a oportunidade para que compreendamos bem aquilo que nos restou de uma cidade histórica que já foi muito mais rica do que é, mas que, felizmente, ainda se mostra extremamente afortunada com o que ainda existe. Que ao observarmos estas belas pinturas possamos refletir sobre as marcas e as formas das quais somos herdeiros e guardiões, decifrando possíveis mensagens que elas querem nos passar. Que possamos admirar os quadros de Adilson percebendo que por detrás da sensibilidade das pinceladas deste artista ainda há muita história para ser contada nesta briosa e fiel cidade! Texto de José Antônio de Ávila Sacramento (integrante do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de São João del-Rei-MG)